CRITICA | Jurassic World: Recomeço


Jurassic World: Recomeço entrega exatamente o que o título promete: uma nova fase para a franquia, com um equilíbrio entre a megalomania de seres pré-históricos de volta à vida e da atenção às consequências de um mundo em que dinossauros fazem parte do ecossistema global. Não é um reboot, nem uma tentativa de recriar o impacto do original — é um passo consciente em outra direção, mais pé no chão, ainda que com suas doses de ação e tensão.

O filme traz um novo elenco e uma nova dinâmica. Scarlett Johansson lidera a trama com uma atuação segura, sem exageros, como uma mulher que claramente já viu demais. Ao seu lado, Jonathan Bailey interpreta um cientista em conflito, tentando equilibrar convicções científicas e dilemas morais.

Destaque também para o personagem vivido por Manuel Garcia-Rulfo — um pai comum, que se vê envolvido numa situação extraordinária. Ele não é o tipo durão ou militarizado: é apenas um homem velejando com as duas filhas e o namorado filgado da filha mais velha quando tudo desanda. Seu carisma natural, somado ao visual que lembra um “Pedro Pascal genérico”, dá ao personagem uma dose de humanidade e identificação que funciona muito bem.

Outro ponto forte é o personagem interpretado por Mahershala Ali. Ele traz leveza, humor e parceria verdadeira com a personagem da Scarlett. É um tipo brincalhão, leal e habilidoso, que equilibra bem o tom do grupo — quase como a “cola” entre perfis tão diferentes.

Visualmente, o filme segue a excelência da franquia, com dinossauros realistas, belas locações e efeitos bem integrados. Mas a direção opta por construir um suspense mais contido, com cenas mais limpas e menos dependentes do caos. A ação existe, mas não é só isso — e isso é positivo.

A trama não gira apenas em torno da sobrevivência, mas também de questões sobre responsabilidade, convivência e o que significa viver em um mundo irreversivelmente alterado. São temas abordados de forma pontual, sem didatismo, mas que ampliam a experiência.

Recomeço mostra que há fôlego sim para a franquia — desde que ela continue explorando novas abordagens, com personagens mais reais e dilemas mais atuais.

E aí fica a pergunta:
Se dinossauros realmente voltassem a habitar nosso planeta...
Quem você acha que deveria liderar uma força global para lidar com isso? Uma equipe científica? Militar? Algo híbrido?
Conta aí nos comentários: quem estaria na sua equipe ideal?

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